xxxx
Veio então lhe atender um menino muito mirrado.
xxxx
- Bom dia meu filho, você não tem por aí uma aguinha aqui pro padre?
xxxx
- Água tem não senhor, aqui só tem um pote cheio de garapa de açúcar! Se o senhor quiser... - disse o menino.
xxxx
- Serve, vá buscar. - pediu-lhe o padre.
xxxx
E o menino trouxe a garapa dentro de uma cabaça. O padre bebeu bastante e o menino ofereceu mais. Meio desconfiado, mas como estava com muita sede o padre aceitou.
xxxx
Depois de beber, o padre curioso perguntou ao menino:
xxxx
- Me diga uma coisa, sua mãe não vai brig - Briga não senhor. Ela não quer mais essa garapa, porque tinha uma barata morta dentro do pote.
xxxx
Surpreso e revoltado, o padre atira a cabaça no chão e esta se quebra em mil pedaços. E furioso ele exclama.
xxxx
- Moleque danado, por que não me avisou antes?
xxxx
O menino olhou desesperado para o padre, e então disse em tom de lamento:
xxxx
- Agora sim eu vou levar uma surra das grandes; o senhor acaba de quebrar a cabacinha de vovó fazer xixi dentro!
xxxx
----
xxxxNota:
Conto regional do nordeste, muito conhecido em quase todas as cidades do interior, de Pernambuco ao Maranhão. Origem desconhecida. ar com você por causa dessa garapa?
Muito criativo e engraçado, principalmente demonstrando a autenticidade de uma criança e citando de forma bem leve a falta de agua nessa região tão sofrida de nosso pais.
ResponderExcluir