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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O que são causos ?

          Causos são acontecidos contados oralmente. São histórias engraçadas ou tristes . Os causos são gerados de histórias reais , acontecidos ou histórias que parecem que são imaginárias . Eles são contados geralmente por Caipiras , como os causos do caipira Timoteo , ou por analfabetos. Causos são contados também por pessoas mais velhas , passando assim de uma geração para outra  e são recontadas de um modo diferente do original .

caboclo d agua

Caboclo d'Água é um ser mítico, defensor do Rio São Francisco, que assombra os pescadores e navegantes, chegando mesmo a virar e afundar embarcações. Para esconjurá-lo, os marujos do São Francisco fazem esculpir, à proa de seus barcos, figuras assustadoras chamadas carrancas. Outros lançam fumo nas águas para acalmá-lo. Também são cravadas facas no fundo de canoas, por haver a crença de que o aço afugenta manifestações de seres sobrenaturais.
Os nativos o descrevem como sendo um ser troncudo e musculoso, de pele cor de bronze e um unico, grande olho na testa. Apesar de seu tipo físico, o Caboclo d'Água consegue se locomover rapidamente. Apesar de poder viver fora da água, o Caboclo d'Água nunca se afasta das margens do rio São Francisco.
Quando não gosta de um pescador, ele afugenta os peixes para longe da rede, mas, se o pescador lhe faz um agrado, ele o ajuda para que a pesca seja farta.
Há relatos de que ele também pode aparecer sob a forma de outros animais. Um pescador conta ter visto um animal morto boiando no rio; ao se aproximar com a canoa, notou que se tratava de um cavalo, mas, ao tentar se aproximar, para ver a marca e comunicar o fato ao dono, o animal rapidamente afundou. Em seguida, o barco começou a se mexer. Ao virar-se para o lado, notou o Caboclo d'Água agarrado à beirada, tentando virar o barco. Então o pescador, lembrando-se de que trazia fumo em sua sacola, atirou-o às águas, e o Caboclo d'Água saiu dand
o cambalhotas, mergulhando rio-abaixo.                    Wikipédia, a enciclopédia livre.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Roda Pião

                                        Roda Pião
 
                                       O Pião entrou na roda, ó pião ! (bis)

                                       Refrão       Roda pião, bambeia pião ! (bis)

                                       Sapateia no terreiro, ó pião ! (bis)
                                       Mostra a tua figura, ó pião ! (bis)
                                       Faça uma cortesia, ó pião ! (bis)
                                       Atira a tua fieira, ó pião !  (bis)
                                       Entrega o chapéu ao outro, ó pião !  (bis)

O Cravo e a Rosa

 O Cravo e a Rosa 
O Cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O Cravo ficou ferido
E a Rosa despedaçada

O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O Cravo teve um desmaio
A Rosa pos-se a chorar

O meu boi morreu

O Meu Boi Morreu

O meu boi morreu
O que será de mim
Mande buscar outro,oh  Morena
Lá no Piauí
O meu boi morreu
O que será da vaca
Pinga com limão, oh Morena
Cura urucubaca

cachorrinho

                                    Cachorrinho
                        Cachorrinho está latindo lá no fundo do quintal
                        Cala a boca, Cachorrinho, deixa o meu benzinho entrar

                        Refrão -     Ó Crioula lá ! Ó Crioula lá, lá !
                        Ó Crioula lá ! Não sou eu quem caio lá !

                        Atirei um cravo n’água de pesado fou ao fundo
                        Os peixinhos responderam, viva D. Pedro Segundo.

                         Refrão

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Causo engraçado

Um dia eu e a minha amiga Samantha viemos para Criciúma com a minha irmã e o meu cunhado... Era o aniversário do sogro da minha irmã que iria acontecer no apartamento dele. Todo mundo se arrumou e por ultimo como sempre ficava eu e a Samantha, eles queriam descer então chamaram nós, como não estamos prontas, pedimos pra eles descer que depois nós iriamos... Então terminamos de se arrumar e fomos para o elevador... Uma olhou para outra e falamos como vamos chegar até salão de festas! Nós duas nunca tinha andado num elevador. Então apertamos o botão 1 e nada o 2 e nada o 3 e nada enfim fomos a todos os andares e até na garagem e não conseguimos encontrar o salão de festas. Então resolvemos voltar para o apartamento e fomos até a sacada, olhamos para baixo e lá estava todo mundo na festa. E eu disse como pode já fomos a todos os andares mas nenhum chega no salão de festa! Resolvemos então entrar no elevador e esperar, porque alguém iria acabar descendo para ir até a festa. Até que alguém subiu no elevador e apertou a letra P que na verdade queria dizer PORTARIA. Eu e a Samantha não tínhamos como adivinhar que P era portaria, nós achamos que o P era para o parar elevador .. Todo mundo na festa rio da gente... FIM. Tá ai um dos momentos de risadas que passei com minha amiga Samantha que nunca vou esquecer.

Gravações de Cantigas

Cantigas Populares






Nesta postagem, disponibilizamos gravações de cantigas pelos alunos do Grupo 6:

Carlos Eduardo, Matheus e Richard






Aguardem...

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Boi da cara preta

Compadre Rico e Compadre Pobre


Do livro  Cultura da Terra de Ricardo Azevedo,  Editora Moderna


Esta obra pretende ser uma pequena introdução ao universo da cultura popular brasileira. Para isso, reúne um conjunto de sessenta quadras populares, quinze contos de encantamento, cinqüenta adivinhas, dezoito mitos regionais, vinte e cinco ditados e vinte e oito receitas culinárias. Todo esse material foi selecionado e dividido a partir das cinco regiões que integram o Brasil - Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. O livro é uma amostra da mentalidade, da poesia, da sabedoria, da malícia e da alegria do povo brasileiro. (Google Livros)



Leia  aqui um de seus contos: 



domingo, 19 de agosto de 2012

A Lenda da Vitória Régia


Lenda brasileira de origem indígena tupi-guarani.

Há muitos anos, em uma tribo indígena, contava-se que a lua (Jaci, para os índios) era uma deusa que ao despontar a noite, beijava e enchia de luz os rostos das mais belas virgens índias da aldeia - as cunhantãs-moças. Sempre que ela se escondia atrás das montanhas, levava para si as moças de sua preferência e as transformava em estrelas no firmamento.
Desenho de Marina Isabela, 6o B
Uma linda jovem virgem da tribo, a guerreira Naiá, vivia sonhando com este encontro e mal podia esperar pelo grande dia em que seria chamada por Jaci. Os anciãos da tribo alertavam Naiá: depois de seu encontro com a sedutora deusa, as moças perdiam seu sangue e sua carne, tornando-se luz - viravam as estrelas do céu. Mas quem a impediria? Naiá queria porque queria ser levada pela lua. À noite, cavalgava pelas montanhas atrás dela, sem nunca alcançá-la. Todas as noites eram assim, e a jovem índia definhava, sonhando com o encontro, sem desistir. Não comia e nem bebia nada. Tão obcecada ficou que não havia pajé que lhe desse jeito.
Um dia, tendo parado para descansar à beira de um lago, viu em sua superfície a imagem da deusa amada: a lua refletida em suas águas. Cega pelo seu sonho, lançou-se ao fundo e se afogou. A lua, compadecida, quis recompensar o sacrifício da bela jovem india, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", única e perfeita, que é a planta vitória-régia. Assim, nasceu uma linda planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.

A origem do oiapoque


 Muitos anos atras , a fome atingiu a aldeia indígena havia pouca caça quase nenhum  peixe ,a seca acapara  com a plantação de mandioca.


   O mesmo  tinha acontecidocom muitas arvores frutíferas , que nao deram frutos. Enfraquecidas, as crianças  ficavam doentes eos bebes  e os velhoa acabaram morrendo   por causa disso a índia tarumã, que estava grávida desestiu  sair da aldeia para salvar seu bebe. Ela tinha certeza que seu bebeia ia morrer, porque tinha certeza que seu  bebe morreria de fome; pois fraca como estava provalvemente nao teria fome .

    Pois partiu em busca de um lugar melhor para criar a criança  alguns  dias se  passaram sozinha na mata  taruma ja nao tinha esperança   começou a chorar com saudade  de tudo que deixaras pra tras . Em desespero pediu Tupã para transformada em numa cobra,de modo que pudesse transpor na floresta para para procurar um lugar adequado para consustruir uma aldeia .

     Adimirando com a coragem da moça , o deus entendeu seu pedido .

Durante meses, aquela grande cobra vagou em busca de um local em que houvesse comida e água . carregando o bebê , seu peso era tanto que por onde passavam ela deixava sulcos profundos no chão .

A loura

- Pai, conta aquela história outra vez.
- Que história tu quer que eu conte Severino?
- Aquela que te deixou com a boca torta.
- Cê sabe que não gosto de falar destas cousas.
- Ah pai! Conta vai, eu adoro ela.
- Tá bem filho, já que tu insistes.

"Um dia eu tava saindo da roça e resolvi ir até a tendinha de seu Raimundo.
Ficava longe mas valia a pena, pois só lá que tinha uma cachaça
amarelinha que vinha de Goiás, uma delícia.
A cana tava tão boa que esqueci da hora.
Faltavam trinta minutos pra meia-noite quando resolvi voltar pra casa.



- O Reginaldo, cê vai embora a essa hora?
Dorme aqui mesmo, é muito chão até sua casa.
Diz que anda aparecendo por aí, sempre à meia-noite,
umas assombrações.

- O seu Raimundo, olha pra mim, vê se um cabra macho como eu tem
medo de assombração.

- Bem, cê que sabe.

- Passe bem seu Raimundo, já vou indo.
E lá fui eu pela estrada de terra batida.
Já fazia quase meia hora que eu ia andando. De repente comecei a
escutar passos que pareciam estar me seguindo.
Parei, olhei para trás, mas não vi nada.
Continuei andando e novamente escutei os passos.
Parei outra vez, olhei e não tinha nada.
Comecei a ficar nervoso e a andar
rápido. Escutei os passos atrás de mim aumentarem a velocidade.
Parei então de súbito e me virei rápido.
Um arrepio me correu a espinha de cima a baixo com o que vi.

- E o que viu?

- A mulher mais linda do mundo, nuazinha como veio ao mundo.

- Uma mulher?
- Sim, eu pensava que as histórias eram tudo mentiras.
Mas lá estava ela sorrindo para mim.

- Ela quem?

- A loura sem cabeça. Eu parei petrificado, queria fugir mas
minhas pernas pareciam chumbadas no barro.

Aí ela veio andando em minha direção, me olhando.
De repente a loura sem cabeça me agarrou
e me deu um beijo na boca.

- Mas se ela não tinha cabeça, como te beijou?

- Isso eu não sei porque desmaiei na gostosura daqueles lábios.
Acordei no dia seguinte com a boca torta.


sábado, 18 de agosto de 2012

O causo do marimbondo


O causo do papagaio


O causo do Recorte do Esfomiado


O causo do casalzinho novo


Geraldinho nogueira


Mais Histórias...


As pessoas mais velhas contam que depois da meia-noite saíam do cemitério alguns pilões que rolavam por todas as ruas da cidade.

A mãe rejeitou o bebê e jogou-o no Rio do Peixe. Os pescadores foram pescar e disseram que ele virou uma grande cobra.

Antigamente, depois da meia-noite, descia o morro da Escola Padre Chico, uma leitoa e sete porquinhos. Dizem que andavam por todas as ruas da cidade 

(Cf. GABRIEL, 2006, p.69).

O Pilão

Lagoinha é uma cidade de ruas acolhedoras e agradáveis. Antigamente, havia poucos habitantes na vila e as casas eram fechadas, pois a população residente na zona rural vinha toda para a cidade no tempo de festas. 

Por vários dias, os moradores perceberam que à meia-noite, no morro onde hoje é a Rua Manuel Jacinto, fazia um barulho parecido com um pilão rolando e parava perto da casa do senhor José da Zica. 

Sempre que isto acontecia Seu José Eugênio abria sua janela para ver o que era e não havia nada na rua. Nenhum vestígio sequer. Mas o barulho sempre voltava.

(Cf. GABRIEL, 2006, p.69).

O que são cantigas?

Cantigas de roda, cirandas ou brincadeiras de roda são brincadeiras infantis, onde tipicamente as crianças formam uma roda de mãos dadas e cantam melodias folclóricas, podendo executar ou não coreografias acerca da letra da música. São uma grande expressão folclórica, e acredita-se que pode ter origem em músicas modificadas de um autor popular ou nascido anonimamente na população. São melodias simples, tonais, com âmbito geralmente de uma oitava e sem modulações. O compasso mais utilizado é o binário, porém não raramente também o ternário e o quaternário. Entre as cantigas de roda mais conhecidas estão Roda pião, Escravos de Jó, Rosa juvenil, Sapo Cururu, O cravo e a rosa, Ciranda-Cirandinha e Atirei o pau no gato.

O causo do espelho


Ilustração: Alarcão
Era um homem que não sabia quase nada. Morava longe, numa casinha de sapé esquecida nos cafundós da mata.


Um dia, precisando ir à cidade, passou em frente a uma loja e viu um espelho pendurado do lado de fora. O homem abriu a boca. Apertou os olhos. Depois gritou, com o espelho nas mãos:

A RIFA DO CAVALO MORTO

Versão de Um Causo Popular por  Ricardo Ségio

Havia numas terras lá para os lados de Minas, um sitiante que enfrentava sérios problemas financeiros. Assim, quase sem nada para comer, disse a sua mulher:
— A solução é nóis vendê o Ventania. Vou inté o sítio do cumpadi Glacindo oferecê nosso cavalo.
O caboclo, então, com muito carinho e com água nos olhos, encilhou o Ventania, montou e partiu a todo o galope para o sítio de seu compadre.
O dia já se ia quando os compadres conseguiram acertar um preço para o Ventania: 200 contos. Ficou combinado que Glacindo buscaria o cavalo, logo que arrumasse novos arreios, o que não passaria de dois dias.
Dito e feito. Passado dois dias, Glacindo, na carona de um viajante motorizado, desce na porta do compadre:

O causo do bêbado do cemitério


Zé Preto era um pobre coitado, vivia perambulando de bar em bar, sempre em busca de mais um trago. Bebia de tudo, cerveja, pinga, conhaque, rabo de galo e freqüentava quase todos os bares da cidade. Mas havia um bar especial que ele sempre ia ao anoitecer. Era o bar do Português em frente do cemitério. 

Seu Português homem respeitador, tentava em vão aconselhar Zé preto para parar de beber, mas ao contrário, este continuava "dando seus taios", e quando enchia um copo de pinga, saía na frente do bar e gritava:  "Eh! Defuntada, levanta vamo tomá um trago?" E o amigo Português alertava: - "Zé Preto, cuidado, tenha respeito com os mortos". Zé Preto por sua vez não se importava e saia dizendo que "estava tudo certo". 

Câmera digital do mineiro

Um mineiro que morava no Rio de Janeiro, comprou uma câmera digital. Em uma viagem de visita a seus pais, ele levou a câmera digital para a roça. Chegando lá, mostrou a novidade para todos. Nunca ninguém tinha visto algo igual. 

Para mostrar como funcionava o “trem”, o “mineirin” resolveu tirar um retrato da família reunida. Pediu que todos ficassem bem juntinhos 
perto da cerca de arame farpado, debaixo de uma mangueira. 

Então, ele se afastou da turma, escolheu um lugar para a câmera, 
programou o temporizador, clicou e correu na direção dos demais, com a intenção de também sair na foto...

Foi um "Deus-nos-acuda"! Todos saíram correndo, atravessando a cerca de arame farpado de qualquer jeito, rasgando roupas e se machucando. 

Depois do desastre, o “mineirin” perguntou: 
- Uai, gente!? “Qué qui deu n´ocês prá desimbestá dessi jeito, sô”? 

E sua tia, com as duas orelhas cortadas e a roupa toda rasgada, respondeu: 

- “Se ocê qui cunhece esse trem, teve medo; 
imagina nóis qui nunca viu isso!!!” “Cê besta, sô!!!


Fonte: http://ohminhasgerais.blogspot.com.br/2011/01/um-mineiro-que-morava-no-rio-de-janeiro.html

O causo da onça

Toninho e Dico ainda eram crianças, com 12 e 10 anos, quando sua mãe pediu aos dois que buscassem lenha. 

Porém, tinha uns boatos de que havia onça no lugar que eles tinham que ir. Mesmo assim, os dois, sem muita escolha, foram obrigados a obedecer à mãe. 

Chegando lá, os dois se animaram e acabaram se afastando um do outro (questão de 2 a 3 metros), quando Toninho pisou em um espinho e soltou um grito:
- Ai! ai!

Dico, já assustado gritou:
- A onça? - E saiu correndo. 

Toninho também gritou:
- A onça?!

Os dois saíram desembestados, mato abaixo, passando por cipós, espinhos... Quando já cansado de tanto correr, Toninho parou e perguntou pro Dico:
- Você viu a onça? 

- Não foi você quem viu...

O causo da namoradinha


O causo da lenha


O causo do soldado


O causo do porquinho


O causo do osso


o causo do peão cagão


O homem que se dizia valente

Eu vou contar pra vocês como tudo aconteceu, o Miguel que era valente, de branco só tinha os dentes, criava cavalo e gado, e também inteligente.

Um dia Miguel bebeu e pra casa não voltou, sua mãe e o seu pai, com ele se preocupou - "aonde tá migué, valei-me nosso senhor".

O cercado era grande, com os olhos não se via, a imensidãl de terras que por ali acudia, Miguel foi bulir com o touro, pensando ser seu cavalo, o touro, enfurecido, babava, arrastava a pata no chão, e espumava como sabão, correu atras de Miguel, que gritava assim: "Socorro mãe, socorro pai. Tenha pena de mim, o touro as caças rasgou, os documentos também".

A cara ficou no chão, coitado do valentão, na cidade onde passava outro assunto não se ouvia, do touro que rasgou as calças do homem, credo em cruz, ave Maria.

O pescador mentiroso

Um certo dia, Totó foi pescar no rio, numa canoa furada. Ele nem sequer notou nada, que naquela canoa, o povo falava que era assombrada.

A canoa seguiu rumo abaixo sem Totó perceber que no rio tinha piranha que podia lhe morder. Começou logo a beber e cantar sem precisão, espantando aqueles peixes para sua refeição.

De repente, uma voz da canoa que soava dizendo "Quero você"  E, assim, continuava. 

O Totó se apavorou, da canoa. Quis descer, mas no rio tinha piranhas: 

--- Que devo eu fazer? Valei-me nosso senhor que agora estais me vendo dentro desta canoa, neste rio e sem remo. Nunca mais eu vou mentir, aquilo que prometi. Eu juro por pai e mãe, que agora vou cumprir. O peixe que eu peguei, que falei tinha cem quilos, peço desculpas agora. Cem quilo só no nome, volto pra casa agora, e a assombração do meu lado, as piranhas me acompanham, e assim sigo calado. Nunca mais eu vou pescar, naquele rio mal assombrado.

A história de um matuto

Agora vou lhe contar, como tudo aconteceu. A  história de um matuto que no engenho nasceu, leigo, mal sabia o nome assinar, mas tinha algo com ele que ninguém sabia explicar. Era um caçador destemido que na mata gostava de estar, caçando os bichos mais bravos que ninguém ouvia falar, pegava até de unha, que a poeira voava no ar.

Na cidade, outra coisa não se ouvia falar, do matuto Zeca Bravo que vivia das bandas de lá, montando no seu cavalo, por nome de alazão, bonito como quê, valente como leão, quando passava a espora, o risco ficava no chão.

Se embrenhava de mata adentro, com a espingarda nas mãos, pegando bicho no laço, eta Zeca valentão. Hoje não se vê falar no matuto Zeca Bravo, porém de cabo a rabo, o seu nome faz juz, e pra sempre será lembrado. Nunca mais ouvimos falar desse matuto arretado.


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O causo do lobisomem - Caipira Timóteo (transcrito)

Tava tendo lobisomem lá em casa , quando agente era pequeno , mais ninguém sabia quem era. Meu pai pensou : "Eu vou pegar esse miserável !!‘’ 

Ele colocou um dispositivo no galinheiro e o galinheiro era coberto, não dava pra sair por cima pois tinha tela. Ele fez um dispositivo, quando o lobisomem entrou ele ficou preso lá dentro. Era o marido da minha Irmã.

Então meu pai , fez de tudo para escapar , sem que alguém soubesse que era ele . Próxima sexta-feira falou te pego. Meu pai saiu atrás dele,  ele espojou no chão e saiu virando lobisomem , e meu pai foi lá e deu nó , nas camisas , calças , é um tipo de simpatia  para o homem nunca mais voltar, e ele até hoje nunca mais voltou , e nunca mais virou lobisomem .    

  Veja o vídeo do causo :
                                                     

 

Causo contado por : Maria Eduarda
Transcrito por : Nathália

Parlendas,cantigas e trava-lígua ( parte1)


Vídeo de cantigas,do alegrim dourado

O Boi Tatá

É um Monstro com olhos de fogo, enormes, de dia é quase cego, à noite vê tudo. Diz a lenda que o Boitatá era uma espécie de cobra e foi o único sobrevivente de um grande dilúvio que cobriu a terra. Para escapar ele entrou num buraco e lá ficou no escuro, assim, seus olhos cresceram. Desde então anda pelos campos em busca de restos de animais. Algumas vezes, assume a forma de uma cobra com os olhos flamejantes do tamanho de sua cabeça e persegue os viajantes noturnos. Às vezes ele é visto como um facho cintilante de fogo correndo de um lado para outro da mata. No Nordeste do Brasil é chamado de "Cumadre Fulôzinha". Para os índios ele é "Mbaê-Tata", ou Coisa de Fogo, e mora no fundo dos rios. Dizem ainda que ele é o espírito de gente ruim ou almas penadas, e por onde passa, vai tocando fogo nos campos. Outros dizem que ele protege as matas contra incêndios. A ciência diz que existe um fenômeno chamado Fogo-fátuo, que são os gases inflamáveis que emanam dos pântanos, sepulturas e carcaças de grandes animais mortos, e que visto de longe parecem grandes tochas em movimento. Nomes comuns: No Sul; Baitatá, Batatá, Bitatá (São Paulo). No Nordeste; Batatão e Biatatá (Bahia). Entre os índios; Mbaê-Tata. Origem Provável: É de origem Indígena. Em 1560, o Padre Anchieta já relatava a presença desse mito. Dizia que entre os índios era a mais temível assombração. Já os negros africanos, também trouxeram o mito de um ser que habitava as águas profundas, e que saía a noite para caçar, seu nome era Biatatá.

o curupira

O Curupira gosta de sentar na sombra das mangueiras para comer os frutos. Lá fica entretido ao deliciar cada manga. Mas se percebe que é observado, logo sai correndo, e numa velocidade tão grande que a visão humana não consegue acompanhar. "Não adianta correr atrás de um Curupira", dizem os caboclos, "porque não há quem o alcance".
A função do curupira é proteger as árvores, plantas e animais das florestas. Seus alvos principais são os caçadores, lenhadores e pessoas que destroem as matas de forma predatória.
Para assustar os caçadores e lenhadores, o curupira emite sons e assovios agudos. Outra tática usada é a criação de imagens ilusórias e assustadoras para espantar os "inimigos das florestas".

História do Curupira

Estava o Curupira andando pela floresta, quando encontrou um índio caçador que dormia profundamente. O Curupira estava com muita fome e cismou em comer o coração do homem. Assim, fez com que ele acordasse. O caçador levou um susto, mas como ele era muito controlado, fingiu que não estava com medo. O Curupira disse-lhe:
- Quero um pedaço de seu coração!

Cantigas de roda

Desenho de Carlos Eduardo 6o B
Cantigas de roda, cirandas ou brincadeiras de roda são brincadeiras infantis, onde tipicamente as crianças formam uma roda de mãos dadas e cantam melodias folclóricas, podendo executar ou não coreografias acerca da letra da música. São uma grande expressão folclórica, e acredita-se que pode ter origem em músicas modificadas de um autor popular ou nascido anonimamente na população. São melodias simples, tonais, com âmbito geralmente de uma oitava e sem modulações. O compasso mais utilizado é o binário, porém não raramente também o ternário e o quaternário. Entre as cantigas de roda mais conhecidas estão Roda pião, Escravos de Jó, Rosa juvenil, Sapo Cururu, O cravo e a rosa, Ciranda-Cirandinha e Atirei o pau no gato.

Em outras palavras, Cantigas de Roda é um tipo de canção infantil popular relacionada às brincadeiras de roda. Nesse sentido carregam uma melodia de ritmo limpo e rápido, favorecendo a imediata assimilação. Estão incluídas nas tradições orais em inúmeras culturas. No Brasil, fazem parte do folclore brasileiro, incorporando elementos das culturas africana, européia (principalmente portuguesa e espanhola) e indígena. Na matriz cultural brasileira têm uma característica interessante, que é a autoria coletiva (ou anônima) pelo fato de serem passadas de geração à geração. Atreladas ao ato de brincar, consistem em formar um grupo com várias crianças (ou adultos), dar as mãos e cantar uma música com características próprias, com melodia e ritmo equivalentes à cultura local, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu imáginário, e geralmente com coreografias. As cantigas hoje conhecidas no Brasil têm origem européia, mais especificamente em Portugal e Espanha. As cantigas de roda são de extrema importância para a cultura de um país. Através delas dá-se a conhecer costumes, o cotidiano das pessoas, festas típicas do local, comidas, brincadeiras, paisagem, crenças. Normalmente tem origens antigas e muitas versões de suas letras, pois vão sendo passadas oralmente pelas gerações.


Letras de cantigas de roda

 Marcha Soldado            
Marcha Soldado
Cabeça de Papel
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel
                                               
O quartel pegou fogo
A polícia deu sinal
Acorda acorda acorda
A bandeira nacional



Pirulito Que Bate Bate 

Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
Quem gosta de mim é ela
Quem gosta dela sou eu

Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
A menina que eu gostava
Não gostava como eu


Samba Lelê 
Samba Lelê está doente
Está com a cabeça quebrada
Samba Lelê precisava
De umas dezoito lambadas

Samba , samba, Samba ô Lelê
Pisa na barra da saia ô Lalá  (BIS)

Ó Morena bonita,
Como é que se namora ?
Põe o lencinho no bolso
Deixa a pontinha de fora

Ó Morena bonita
Como é que se casa
Põe o véu na cabeça
Depois dá o fora de casa

Ó Morena bonita
Como é que cozinha
Bota a panela no fogo
Vai conversar com a vizinha

Ó Morena bonita
Onde é que você mora
Moro na Praia Formosa
Digo adeus e vou embora

 
O Cravo e a Rosa 
O Cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O Cravo ficou ferido
E a Rosa despedaçada

O Cravo ficou doente
A Rosa foi visitar
O Cravo teve um desmaio
A Rosa pos-se a chorar

 
Capelinha de Melão 

Capelinha de Melão é de São João
É de Cravo é de Rosa é de Manjericão
São João está dormindo
Não acorda não !
Acordai, acordai, acordai, João !

Ciranda Cirandinha



Ciranda Cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar

O Anel que tu me destes
Era vidro e  se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou

Por isso dona Rosa
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá se embora
          

Fonte : Cantigas de Roda
 Nomes : Matheus , Carlos Eduardo , Richard .

causo do geraldinho caixego

       

A lenda da palmeira


Contavam os índios, por tradição , de seus antepassados , a história seguinte :

Que antes de chegar o dilúvio havia um homem de grande saber , a quem êles chamavam payé (que vale o mesmo que magom ou adivinhador e entre nós profeta ) o qual tinha por nome Tamandaré , e seu grande Tupá , que quer dizer exelência superior , e vem ser o mesmo que Deus , falava com êle e lhe descobria seus segredos : e entre outros lhe comunicara que havia de haver um inundação da Terra , causada de águas do céu , e alagar o mundo , sem que ficasse monte ou árvore , por mais  fôsse .

Acrescentavam que excetuara Deus uma palmeira de grande altura que estava no cume de certo monte e que as nuvens e davam um fruto  à moda de cocos , e que esta palmeira lhe assinalou Deus pra que salvassem das águas ele e sua família somete , e que no ponto em que o dito Payé o profeta a tal notícia teve se passou logo ao monte que havia  de ter a salvação com todo a sua casa .

Eis que estando neste rio certo dia que começavam a chover grandes águas , que iam crescendo pouco a pouco e alagando toda a Terra ,  a quando ja cobriam o monte em que estava , começou a subir êle e  sua gente e aquela palmeira sinalada , estiveram nela todo tempo que durou o dilúvio , sustentandossi com a fruta dela , o qual acabando desceram , multiplicaram-se tornaram povoar na Terra .

Cantigas de Ninar

Cantigas de ninar, canções de ninar, acalantos ou cantigas de embalar são canções que as pessoas entoam para fazer os bebês dormirem suavemente.

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O menino e o padre

 O menino e o padre

Um padre andava pelo sertão, e como estava com muita sede, aproximou-se duma cabana e chamou por alguém de dentro.
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Veio então lhe atender um menino muito mirrado.
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- Bom dia meu filho, você não tem por aí uma aguinha aqui pro padre?
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- Água tem não senhor, aqui só tem um pote cheio de garapa de açúcar! Se o senhor quiser... - disse o menino.
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- Serve, vá buscar. - pediu-lhe o padre.
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E o menino trouxe a garapa dentro de uma cabaça. O padre bebeu bastante e o menino ofereceu mais. Meio desconfiado, mas como estava com muita sede o padre aceitou.
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Depois de beber, o padre curioso perguntou ao menino:
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- Me diga uma coisa, sua mãe não vai brigar com você por causa dessa garapa?

- Briga não senhor. Ela não quer mais essa garapa, porque tinha uma barata morta dentro do pote.
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Surpreso e revoltado, o padre atira a cabaça no chão e esta se quebra em mil pedaços. E furioso ele exclama.
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- Moleque danado, por que não me avisou antes?
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O menino olhou desesperado para o padre, e então disse em tom de lamento:
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- Agora sim eu vou levar uma surra das grandes; o senhor acaba de quebrar a cabacinha de vovó fazer xixi dentro!
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Nota:
Conto regional do nordeste, muito conhecido em quase todas as cidades do interior, de Pernambuco ao Maranhão. Origem desconhecida.

A mulher curiosa e o galo

Era uma vez um homem que entendia a linguagem dos bichos. Passeava com a mulher pelo campo. Quando ouviu dois cavalos conversarem, e deu uma bruta risada.A mulher perguntou-lhe porque se ria. O homem respondeu:


- Por causa da conversa dos dois cavalos. Então, ela começou a instar com o marido para lhe referir a dita conversa.
– Eu bem podia contar a você o que os cavalos conversaram, mas na mesma hora que acabar de contar, morrerei.
– Mas eu quero saber! – retrucou a mulher curiosa.
– Então você quer que eu morra?
- Não sei nada disso! Tem de me contar a conversa dos cavalos!

Boca calada salva a vida

Gabriel Felipe desenhou
Havia um velho pai que não cansava de dizer aos filhos:- "Boca calada! Boca calada salva a vida!".

Um dos filhos guardou bem o conselho e saiu pelo mundo. Uma vez ele entrou numa casa, onde viu uma mulher enterrada no chão até a cintura.Ficou com muita vontade de falar, de perguntar porque era aquele castigo. Mas quando ia abrir a boca, lembrava-se do conselho.
O homem da casa, então, começou a provocar o mocinho:


- Pergunte porque ela está enterrada? Vamos fale!


Acontece que esse homem mau matava quem perguntasse. O menino não dizia nada. Por fim, o homem ficou vencido. Ele se ajoelhou perante a mulher, lhe pediu perdão e a desenterrou, dizendo que esse menino era um justo.

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Contou Maria Lima Rodrigues, de Itapetininga. Esta "estória" pertence à categoria das histórias de exemplo, moralizantes. Parece ser o resumo de outra mais comprida, que ouvimos em Sorocaba, e de que damos os pontos principais. Título: Pensar três vezes antes de falar qualquer coisa. Enredo: soldado que vai servir o rei. Um ano depois, em vez de soldo, recebe um bolo, para abrir só quando estiver com a família e aquele conselho. De volta, pede pousada numa casa, cujo dono lhe mostra a esposa enterrada até a cintura, mas ele nada pergunta, e, por isso, leva-o até uma sala cheia de armas, dando-lhe a melhor carabina. Explica-lhe: todos os que perguntaram matou-os confiscando-lhes as armas. A mulher estava sofrendo aquele castigo por ser linguaruda. Chegando em casa, o soldado abriu o bolo, e tilintaram muitas moedas de ouro que o rei ali fizera esconder. Era, de fato, um soldado obediente, mesmo depois de dar baixa... E merecia o pago.